O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é priorizar a negociação, em vez de retaliação imediata, diante da taxação de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio brasileiros. A declaração foi feita após reunião com representantes da indústria siderúrgica, que apresentaram um relatório com argumentos para contestar a medida.
Segundo Haddad, os empresários demonstraram que a taxação pode ser prejudicial até para os próprios EUA, destacando que o comércio entre os dois países é equilibrado. O ministro ressaltou que o relatório das siderúrgicas será um subsídio para as negociações conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento, com o objetivo de convencer o governo norte-americano de um erro de avaliação.
A medida dos EUA, que entrou em vigor nesta quarta-feira, afeta significativamente as exportações brasileiras. Em 2022, os americanos compraram 49% do total de aço exportado pelo Brasil, segundo dados do Instituto Aço Brasil. Neste ano, apenas o Canadá superou o Brasil no fornecimento do produto para os Estados Unidos.
Além das exportações, a indústria brasileira também demonstrou preocupação com as importações de aço, principalmente da China. De acordo com Haddad, enquanto a taxação exige uma abordagem diplomática, a questão da concorrência externa pode demandar medidas internas de defesa do mercado nacional.
Agora, o Ministério da Fazenda deve elaborar uma nota técnica com as propostas do setor, que será enviada ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. O documento servirá de base para as negociações com os EUA, na tentativa de reverter a taxação e minimizar os impactos sobre a indústria brasileira.
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