A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa um aumento em relação ao trimestre anterior, encerrado em dezembro de 2024, quando o desemprego estava em 6,2%. Apesar da alta, a taxa atual é a menor já registrada para um primeiro trimestre desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012.
O aumento era esperado pelo mercado financeiro, que projetava exatamente essa taxa, de acordo com a agência Bloomberg. Tradicionalmente, o desemprego tende a subir no início do ano devido ao encerramento de vagas temporárias criadas no fim do ano anterior. Mesmo com esse avanço sazonal, o IBGE avalia que o mercado de trabalho segue apresentando bons resultados, com destaque para o crescimento do emprego formal.
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, ressaltou que o crescimento da desocupação não compromete o desempenho recente do mercado. “Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, afirmou. A Pnad Contínua considera como desocupadas as pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e em busca de uma ocupação.
A força do emprego formal e o avanço da renda têm impulsionado o consumo, fator importante para o crescimento do PIB. No entanto, o Banco Central segue em trajetória de alta da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano, como medida de controle da inflação. O mercado espera que a Selic chegue a 15% até o final de 2025.
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