Escutas telefônicas feitas pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção (Draco) confirmaram que o policial militar Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como “Tchaca”, teve acesso indevido a informações sigilosas de uma investigação que tramitava sob segredo de Justiça. O caso faz parte da Operação Falsas Promessas, que teve sua segunda fase deflagrada na última quinta-feira (9), com mais de 20 mandados judiciais cumpridos.
As gravações, feitas em dezembro de 2024, mostram Tchaca descrevendo com precisão o conteúdo de um relatório sigiloso da polícia, incluindo a estrutura do documento e os nomes dos investigados. Entre eles está o também policial Jeferson Silva França, o “J. França”. O episódio levanta suspeitas de violação do segredo de Justiça e possível tentativa de obstrução da investigação.
O material interceptado também sugere um esquema de extorsão envolvendo um servidor do Judiciário e um advogado, que teria cobrado R$ 80 mil por investigado para evitar a prisão temporária dos envolvidos. Coincidentemente, cerca de 20 dias após a conversa interceptada, a Justiça negou os pedidos de prisão, autorizando apenas buscas e apreensões.
Em março, Tchaca publicou um vídeo em suas redes sociais confirmando que sabia da operação com antecedência. Ele alegou ter recebido prints do processo desde novembro e afirmou que não aceitaria ter sua imagem prejudicada. A investigação agora se concentra em identificar uma possível rede de proteção que estaria ajudando os suspeitos a escapar das ações judiciais.
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