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Sem meias verdades

Golpe do Caixa Tem desvia R$ 2 bilhões e é investigado pela PF

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Desde o lançamento do aplicativo Caixa Tem em 2020, a Polícia Federal investiga uma organização criminosa responsável pelo desvio de cerca de R$ 2 bilhões. Os criminosos utilizam informações de beneficiários de programas sociais do governo, como o auxílio emergencial, e com a ajuda de funcionários da Caixa Econômica Federal e de lotéricas, sacam indevidamente o dinheiro das contas. A Caixa diz estar atenta e colaborando com as investigações para combater fraudes no sistema.

O golpe envolve a obtenção de dados pessoais dos beneficiários, que são utilizados para acessar suas contas no Caixa Tem e desviar o dinheiro. Para isso, os golpistas oferecem propinas a funcionários da Caixa e lotéricas em troca das informações confidenciais, o que facilita o acesso às contas dos clientes. Quando o saque é realizado, as vítimas precisam abrir processos de contestação na Caixa para tentar recuperar os valores.

Em uma das várias histórias, Keny Alcalde teve seu auxílio emergencial roubado antes mesmo de criar uma conta no app. Após meses de contestações e bloqueios em seu aplicativo, Keny finalmente conseguiu reaver o valor roubado. Casos como o de Keny não são isolados: a Polícia Federal já registrou 749 mil processos de contestação, e o banco ressarciu cerca de R$ 2 bilhões até o momento.

Em abril de 2025, a PF executou mandados de busca e apreensão em várias cidades do Rio de Janeiro, envolvendo apreensões de celulares, notebooks e veículos dos suspeitos. As investigações continuam, com as autoridades buscando responsabilizar os envolvidos pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, e outros delitos. A Caixa, por sua vez, mantém esforços para melhorar a segurança e orienta clientes a realizar contestações em caso de transações não reconhecidas.

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