Bahia Política

Sem meias verdades

Maioria dos brasileiros defende prisão de Bolsonaro

Foto: Reuters/Adriano Machado

Uma pesquisa do instituto Datafolha revelou que 52% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser preso por envolvimento na tentativa de golpe de Estado investigada pela Polícia Federal. Já 42% consideram que ele não deve ser preso, e 7% preferiram não opinar. O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 entrevistados em 172 municípios, e possui margem de erro de dois pontos percentuais.

Apesar do desejo majoritário pela prisão, a mesma proporção (52%) acredita que Bolsonaro não será preso. Para 41%, ele acabará na cadeia, enquanto 7% não souberam responder. Bolsonaro tornou-se réu recentemente no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de liderar uma tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, entre outros crimes.

As opiniões sobre a prisão do ex-presidente variam conforme a região, escolaridade, religião e classe social. No Nordeste, 59% defendem sua prisão, enquanto no Sul e no Norte/Centro-Oeste os números ficam mais equilibrados. Entre católicos, 55% são a favor da prisão, já entre evangélicos, 54% são contrários. Mulheres e pessoas com menor escolaridade também tendem a apoiar mais a responsabilização do ex-presidente.

Entre os que acreditam na prisão de Bolsonaro, o índice é maior entre os que possuem ensino superior (50%) e os que ganham acima de 10 salários mínimos (47%). Por outro lado, entre os mais jovens, com idade entre 16 e 24 anos, 57% acreditam que ele não será preso, o mesmo ocorrendo entre quem tem renda de 2 a 5 salários mínimos.

Mesmo inelegível até 2030, Bolsonaro ainda influencia o cenário político. O Datafolha testou o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como possível sucessor político. Dos eleitores que votariam nele para presidente, 79% dizem que Bolsonaro não deveria ser preso e 62% acreditam que isso não ocorrerá. Tarcísio tem buscado manter o apoio da base bolsonarista sem romper com as instituições, em uma tentativa de se consolidar como figura de centro-direita.

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