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Sem meias verdades

Manifestação de Bolsonaro em SP defende anistia e critica STF

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em manifestação realizada neste domingo (6), na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a minimizar os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que “só um psicopata” poderia considerar aquela ação como uma tentativa armada de golpe militar. O evento, convocado pelo pastor Silas Malafaia, teve como foco a defesa da anistia aos presos pelos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.

Diante de uma multidão, Bolsonaro criticou a manifestação organizada por grupos de esquerda na semana anterior, que defendia sua prisão e se opunha à anistia. “Eles perderam essa guerra”, afirmou o ex-presidente, argumentando que “a grande maioria do povo brasileiro entende as injustiças” cometidas contra os envolvidos nos atos antidemocráticos. Ele reforçou que a concessão de anistia é prerrogativa exclusiva do Congresso Nacional, e que não pode ser vetada pelo presidente da República.

Durante o discurso, Bolsonaro mencionou o caso de Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, que está em prisão domiciliar após passar dois anos presa por pichar “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal. A mulher, mãe de dois filhos, aguarda julgamento, cuja decisão foi suspensa após pedido de vista do ministro Luiz Fux. “Não tenho adjetivo para qualificar alguém que condena uma mãe de dois filhos a uma pena tão absurda”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente também citou exemplos de trabalhadores simples, como um pipoqueiro e um sorveteiro, acusados de tentativa de golpe, e repetiu parte do seu discurso em inglês, justificando que a mensagem precisava alcançar outros países. Segundo ele, a imagem dos manifestantes presos está sendo distorcida no exterior e os julgamentos são marcados por abusos.

Além de Bolsonaro, a manifestação contou com discursos de outras nove lideranças, incluindo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, chamando-o de “covarde” e acusando-o de instrumentalizar o 8 de janeiro para perseguir adversários políticos. Nikolas também criticou a atuação da Polícia Federal, afirmando que há um esforço para “massacrar” Bolsonaro, a quem chamou de “a maior liderança política deste país”.

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