Em uma revelação impactante durante sua delação premiada, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confirmou que entregou ao ex-presidente um total de US$ 86 mil provenientes da venda de joias recebidas como presentes. A maior parte desse valor, US$ 68 mil, foi obtida com a comercialização de relógios de luxo, incluindo marcas renomadas como Rolex e Patek Philippe, na Filadélfia. Outros US$ 18 mil vieram da venda de joias em Miami. Este caso ganhou destaque após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidir levantar o sigilo das informações.
As declarações de Cid estão inseridas em um contexto mais amplo de investigações da Procuradoria-Geral da República, que já apresentou denúncias contra Bolsonaro e outros envolvidos, com acusações que incluem tentativa de golpe, peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além disso, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente e mais 11 pessoas relacionadas ao caso das joias sauditas. Segundo Cid, as joias foram recebidas por Bolsonaro durante uma viagem à Arábia Saudita em 2019, e em 2021, o ex-presidente pediu ajuda para avaliar o valor de um dos relógios a fim de quitar dívidas.
Durante o depoimento, Cid indicou que Bolsonaro estava enfrentando dificuldades financeiras e, por isso, solicitou a venda das joias. Para evitar rastreamento bancário, as transações foram realizadas em dinheiro vivo. Essa nova informação levanta questionamentos sobre a conduta do ex-presidente e reforça a necessidade de maior transparência nas relações financeiras de figuras públicas, especialmente em períodos de crise e escândalos políticos. As implicações dessas revelações continuam a reverberar na esfera pública e nas investigações em curso.
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