Bahia Política

Sem meias verdades

Mulheres comandam 20% das comissões permanentes da Câmara em 2025

Foto: Agência de Notícias

Em 2025, seis mulheres assumem a presidência de comissões permanentes da Câmara dos Deputados, representando 20% dos colegiados já eleitos. O número marca um aumento em relação aos anos anteriores, quando esse percentual variou entre 8% e 16%. A coordenadora da bancada feminina, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), destacou que, apesar do avanço, as mulheres ainda buscam ocupar mais postos de decisão na Casa, incluindo comissões como a de Constituição e Justiça e a de Finanças.

Entre as novas presidentes, a deputada Elcione Barbalho (MDB-PA) comandará a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com foco em pautas relacionadas à Amazônia, especialmente em um ano em que o Brasil sediará a COP30. No esporte, Laura Carneiro (PSD-RJ) assume a Comissão de Esporte pela primeira vez, destacando temas como inclusão social e o impacto das apostas no esporte.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher será presidida pela deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), a primeira mulher indígena a ocupar esse cargo. Célia pretende priorizar o combate ao feminicídio, especialmente entre mulheres indígenas, e trabalhar por políticas de igualdade para mulheres rurais e quilombolas. Já a Comissão de Cultura será presidida pela deputada Denise Pessôa (PT-RS), que atuará em temas como o Plano Nacional de Cultura.

Na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, a deputada Yandra Moura (União-SE) assumirá a presidência, com foco na redução das desigualdades regionais e na promoção de infraestrutura e investimentos para o Nordeste. A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais terá à frente a deputada Dandara (PT-MG), que pretende dar destaque à preservação da sociobiodiversidade e à demarcação de territórios indígenas e tradicionais.

O crescimento da presença feminina nas comissões permanentes da Câmara é uma conquista significativa, mas as deputadas ainda enfrentam desafios para alcançar uma maior representatividade. Elas seguem pressionando por mais espaços de liderança e decisões políticas, demonstrando seu compromisso com um país mais justo e igualitário.

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