Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, apontado como o líder máximo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), está mobilizando sua defesa para tentar deixar o regime de segurança máxima da Penitenciária Federal de Brasília (PFBra). A ordem judicial que autoriza sua permanência no sistema rigoroso expira em fevereiro, e, para mantê-lo afastado da massa carcerária, o Ministério Público e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) precisarão apresentar novos elementos que justifiquem essa necessidade.
A defesa de Marcola argumenta que não há fundamentos suficientes para prolongar sua permanência no sistema federal, mas investigações de inteligência indicam que o PCC continua ativo, planejando estratégias para libertá-lo e outros líderes. Entre os riscos levantados pelas autoridades estão planos de fuga sofisticados e ações extremas que colocam em xeque a segurança pública.
Entre as estratégias identificadas pelas forças de segurança, destaca-se uma tentativa de invasão direta à Penitenciária Federal de Brasília, apesar dos rígidos protocolos e da muralha construída ao redor do complexo. Outra ameaça seria o sequestro de autoridades do sistema penitenciário ou de seus familiares, para barganhar a libertação de Marcola. A terceira, considerada a mais extrema, envolveria uma rebelião liderada pelo próprio detento, utilizando policiais penais como reféns para negociar sua saída.
A trajetória de Marcola no sistema carcerário federal começou em 2019, após a descoberta de um plano de fuga em grande escala na Penitenciária Estadual de Presidente Venceslau II, em São Paulo. Na ocasião, investigações apontaram que o PCC havia investido milhões de dólares em logística, veículos blindados, aeronaves e armamentos de guerra para executar o resgate. Desde então, ele tem sido mantido em isolamento devido à alta periculosidade.
Preso pela primeira vez nos anos 1990 por roubos a bancos e carros-fortes, Marcola acumula mais de 300 anos de condenações por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídios. Em 2023, recebeu uma pena adicional de 30 anos no âmbito da Operação Ethos, que desmantelou esquemas criminosos comandados pelo PCC. Apesar de ser amplamente reconhecido como líder da organização, ele nega sua posição de comando.
O futuro de Marcola no sistema penitenciário federal ainda é incerto. Autoridades destacam a importância de mantê-lo sob rígida vigilância, considerando os impactos que sua possível transferência para outro regime poderia gerar. Com a aproximação do vencimento da ordem judicial, a expectativa é de novos desdobramentos envolvendo o Ministério Público e o Judiciário nos próximos meses.
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