11 de fevereiro de 2025

Bahia Política

Sem meias verdades

PCC e CV negociam aliança histórica no crime organizado

Foto: Ilustração/Haeckel Dias/SSP

O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), duas das maiores facções criminosas do Brasil, estão negociando uma trégua histórica para coordenar ações conjuntas no tráfico de drogas e no domínio territorial. A movimentação, inédita em anos de rivalidade, vem sendo articulada por lideranças de ambas as organizações e pode resultar em uma nova configuração do crime organizado no país.

De acordo com informações publicadas no Metrópoles, a aliança entre as facções visa reduzir os conflitos internos e fortalecer o controle sobre rotas estratégicas do narcotráfico. A trégua permitiria uma ofensiva unificada contra grupos rivais e forças de segurança, aumentando o poder das facções em regiões críticas. Especialistas em segurança pública alertam que essa possível união pode elevar os índices de violência e dificultar o combate ao crime.

Os diálogos entre PCC e CV já ocorrem há meses e envolvem chefes do crime que atuam dentro e fora do sistema prisional. Fontes indicam que um dos principais objetivos dessa articulação é consolidar a hegemonia do tráfico em estados como Amazonas, Pará e Rio de Janeiro, onde as disputas por território têm sido intensas. Além disso, a aliança facilitaria o escoamento de drogas para o exterior, especialmente via fronteiras com países vizinhos.

Autoridades policiais acompanham a movimentação com preocupação e reforçam investigações para mapear os desdobramentos dessa aliança. Recentemente, operações conjuntas entre polícias estaduais e federais resultaram na prisão de traficantes ligados às facções, mas especialistas apontam que a repressão precisa ser ainda mais estratégica para conter a expansão criminosa. O Ministério da Justiça já foi alertado sobre os riscos dessa cooperação entre as facções.

Caso a trégua se concretize, o cenário do crime organizado no Brasil pode sofrer transformações significativas. A possibilidade de uma ofensiva unificada entre PCC e CV representa um desafio para as autoridades e um risco para a segurança pública. A evolução dessa aliança deve ser acompanhada de perto, pois qualquer erro estratégico pode resultar em um avanço ainda maior do domínio das facções sobre o território nacional.

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