Condenados por violência doméstica poderão ser obrigados a passar por programas de reabilitação antes de progredirem para o regime aberto. Essa é a proposta do Projeto de Lei 3858/23, que tramita na Câmara dos Deputados e busca tornar obrigatória a participação em iniciativas que promovam a reflexão e a responsabilização dos agressores. Previstas na Lei Maria da Penha, essas ações podem ser presenciais ou virtuais e têm como objetivo conscientizar os autores da violência, prevenindo reincidências.
As deputadas Delegada Ione (Avante-MG) e Lêda Borges (PSDB-GO), autoras do projeto, destacam que o ambiente prisional predominantemente masculino pode reforçar comportamentos agressivos. Por isso, elas defendem que não apenas réus de penas mais leves, mas todos os condenados por violência contra a mulher, participem dos programas de reeducação. A intenção é reduzir a reincidência e promover uma mudança de comportamento mais efetiva.
Antes de ser votada no Plenário, a proposta passará por análise das comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, Segurança Pública, Finanças e Constituição e Justiça. Caso aprovada, a medida representará um avanço na política de combate à violência de gênero, reforçando a necessidade de ações educativas para transformar a mentalidade dos agressores e evitar novos casos.
Faça parte do nosso grupo no WhatsApp se preferir entre em nosso canal no Telegram.
Relacionadas
Justiça nega recurso de Eduardo Costa em processo movido por Fernanda Lima
Polícia Federal realiza operação contra desvio de máquinas agrícolas na Bahia
Centrão cobra definição de Lula sobre reforma ministerial