A prefeita de Saquarema (RJ), Manoela Peres (PL), enfrenta acusações de improbidade administrativa relacionadas a alegadas fraudes em contratações vinculadas ao programa municipal Conexão do Futuro. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) moveu uma ação civil pública, denunciando a prefeita por assinar contratos milionários direcionados a um amigo e parentes.
Em maio de 2022, a Prefeitura de Saquarema lançou um edital de chamamento público para selecionar uma organização da sociedade civil (OSC) responsável pela gestão educacional e administrativa do programa Conexão do Futuro, avaliado em R$ 18,7 milhões. O Instituto de Desenvolvimento Pesquisa e Inovação (IDPI) venceu o processo sem concorrência.
Faça parte do nosso grupo no WhatsApp (Clique aqui)
O MPRJ destaca que o IDPI contratou três empresas – Pride Esportes, Sejja Sports e Triggo Alimentos Ltda – com o objetivo de favorecer Lucas Amorim Floriano, amigo de Manoela Peres nomeado diretor do projeto Conexão do Futuro. Este é sócio oculto das três empresas, conforme apontado nas investigações do MPRJ, iniciadas após denúncias do RJ1.
Os sócios da Pride Esportes incluem a sogra de Lucas, Angela Maria de Oliveira Santos, e Emerson Sartori Vali, pai de consideração de Diogo Muniz, cunhado da prefeita. Na Sejja Sports, apenas Angela é sócia, mas, segundo as investigações, Lucas era sócio em 2019, e seu e-mail permaneceu cadastrado no registro da empresa na Receita Federal. Quanto à Triggo Alimentos Ltda, o MPRJ destaca a relação entre Marcus Vinícius Coelho, sócio da empresa, e Lucas, evidenciada por fotos em redes sociais.
O MPRJ considera Angela, Emerson e Marcus como “laranjas” de Lucas, e todos foram denunciados pela instituição, juntamente com Manoela Peres. Lucas, nomeado diretor do Conexão do Futuro, contratou posteriormente empresas vinculadas a ele, segundo a denúncia.
Os promotores acusam Lucas de agir em conluio com a prefeita de Saquarema e seu cunhado, Antonio Cesar Alves, contador responsável pela criação das empresas Pride e Triggo. O MPRJ solicita a condenação de Manoela Peres à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por oito anos e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais. Para Lucas, é solicitada uma multa civil equivalente a 15 vezes o valor da remuneração recebida.
Após as denúncias, o vereador Bruno Pinheiro (PDT) apresentou um pedido de impeachment de Manoela Peres, mas o processo só deve ter desdobramentos em 2024, devido ao recesso de fim de ano.
Siga Bahia Política no Facebook , no Twitter e também no Instagram. Faça parte do nosso grupo no WhatsApp se preferir entre em nosso canal no Telegram.
Relacionadas
Lauro de Freitas decreta ponto facultativo no Carnaval
Ministro prevê queda maior nos preços dos alimentos
Trump alerta sobre risco de 3ª Guerra Mundial