No dia 8 de janeiro, uma série de atos de vandalismo ocorreu no Brasil, as conclusões do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentado na reunião da CPMI do 8 de janeiro, sugerem que esses eventos foram resultado de uma mobilização planejada com antecedência, financiada com a ajuda de patrocinadores e permitida por autoridades de segurança pública coniventes. O relatório aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como o principal responsável.
O relatório final da CPMI apresentado pela senadora Eliziane Gama recomenda o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como de uma longa lista de colaboradores e aliados do governo anterior. Essa lista inclui nomes como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-diretor da Polícia Federal Rodoviária (PRF) Silvinei Vasques, ex-ministros como Anderson Torres (Justiça), Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Luis Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
A sessão desta terça-feira destinou-se à leitura do relatório da relatora e dos votos em separado de parlamentares da oposição, além de um voto assinado apenas pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Após a leitura dos documentos, está previsto um pedido de vista, e a discussão e votação dos pareceres ocorrerão em uma reunião marcada para quarta-feira, conforme agendado pelo presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA).
A senadora Eliziane Gama iniciou a leitura de seu relatório destacando que em 8 de janeiro, o Brasil enfrentou um ataque significativo à sua democracia, realizado por cerca de cinco mil vândalos insatisfeitos com o resultado das eleições e dispostos a tudo para impor seu projeto de poder. A relatora explicou que seu trabalho na CPMI visou entender como a manifestação foi organizada e como os insurgentes conseguiram superar os sistemas de segurança que deveriam proteger o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
Eliziane Gama argumentou que, ao contrário das alegações dos parlamentares bolsonaristas, os eventos de 8 de janeiro não foram um movimento espontâneo ou desorganizado. Pelo contrário, eles foram meticulosamente planejados e preparados com antecedência. Caravanas foram organizadas de maneira estruturada, extremistas radicais receberam apoio financeiro para viajar a Brasília, e houve uma coordenação notável na invasão dos edifícios-sede dos três poderes.
A senadora também apontou que autoridades que poderiam ter evitado a depredação intencionalmente protegeram os manifestantes, omitiram-se de forma deliberada e premeditada ou agiram para permitir as invasões e depredações.
Eliziane Gama enfatizou que os eventos de 8 de janeiro não foram um protesto pacífico que descambou para a violência. De acordo com ela, o tom agressivo das convocações, a proibição da participação de crianças e idosos, os planos de sabotagem da infraestrutura e o material encontrado com os manifestantes sugerem que a depredação não foi acidental, mas sim o objetivo central da mobilização. A intenção não era apenas ocupar, mas também destruir.
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