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Saiba o que é Demência Frontotemporal (DFT) e como cuidar

Foto; ilustração/Drauzio Varella

A Demência Frontotemporal (DFT) é um tipo de doença neurodegenerativa que afeta predominantemente as áreas frontal e temporal do cérebro, levando a alterações no comportamento, na personalidade e nas habilidades linguísticas. Ao contrário da demência mais comum, como a doença de Alzheimer, a DFT tende a afetar pessoas mais jovens, muitas vezes começando antes dos 65 anos.

Os sintomas da DFT variam dependendo das regiões cerebrais afetadas, mas podem incluir mudanças na personalidade, como perda de empatia, falta de moderação social, impulsividade e comportamento repetitivo. Além disso, problemas na linguagem, como dificuldade em encontrar palavras adequadas, compreender o significado das palavras e expressar pensamentos, também são comuns. O declínio na função cognitiva é uma característica central, mas ao contrário de outras demências, a memória é frequentemente menos afetada nas fases iniciais da DFT.

Infelizmente, não existe cura para a DFT, e o tratamento se concentra em gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Abordagens multidisciplinares são geralmente recomendadas, envolvendo médicos, neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.

Terapias comportamentais e farmacológicas podem ser empregadas para controlar sintomas como agressividade, irritabilidade e apatia. Terapia de fala e linguagem é valiosa para ajudar a mitigar os problemas de comunicação, enquanto intervenções psicossociais podem auxiliar tanto os pacientes quanto os cuidadores na adaptação a essa condição desafiadora.

O apoio familiar e o planejamento antecipado são vitais. Criar um ambiente seguro e compreensivo é essencial para atender às necessidades físicas e emocionais do paciente. À medida que a doença progride, pode ser necessário considerar a assistência em tempo integral e serviços de cuidados especializados.

Em suma, a Demência Frontotemporal é uma condição complexa que afeta a personalidade, o comportamento e as habilidades de linguagem de maneira única. Embora não exista cura, uma abordagem integrada e centrada no paciente, envolvendo profissionais de saúde e cuidadores, pode proporcionar uma melhor qualidade de vida para aqueles que vivem com essa doença.

 

Fonte; Bahia Política