O ex-prefeito de Feira de Santana e atual candidato do União Brasil à prefeitura, José Ronaldo, foi citado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos principais beneficiários de um suposto esquema de superfaturamento em contratos firmados com a Secretaria de Saúde do município. José Ronaldo é réu em uma ação de improbidade administrativa que está em tramitação na 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Feira de Santana. Ele foi intimado a depor no próximo dia 21 de agosto sobre os indícios apresentados contra ele pelo MPF.
Além do ex-prefeito, a Justiça Federal ouvirá também a ex-secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas (PL), e o empresário Paulo Cézar Queirós Rocha, executivo da cooperativa Redesaúde, que é suspeita de superfaturar os contratos com a prefeitura. Segundo o MPF, José Ronaldo teria autorizado as licitações que resultaram em prejuízos de, pelo menos, R$ 26 milhões aos cofres públicos.
“Através de cláusulas restritivas inseridas no edital, ficou ainda mais evidente o direcionamento e o favorecimento da Redesaúde, ficando nítido o cometimento por parte do agente político de diversos atos de improbidade administrativa”, afirmou o MPF. Conforme as investigações, as liberações assinadas por José Ronaldo revelaram-se uma “decisão política desastrosa”.
Os procuradores do MPF em Feira de Santana também destacaram que a responsabilidade de José Ronaldo foi além de apenas autorizar as licitações, já que ele teria liberado pessoalmente todos os processos de pagamento em favor da Redesaúde. A audiência está marcada para as 9h do dia 21 de agosto, na sede da Justiça Federal em Feira de Santana. Além dos réus, as testemunhas de defesa também deverão comparecer à audiência.
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