Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) um prazo de 83 dias para apresentar sua defesa no chamado Inquérito do Golpe. A solicitação foi feita após o ministro Alexandre de Moraes estipular um período de apenas 15 dias para a manifestação da defesa. Os advogados argumentam que precisam de mais tempo para analisar detalhadamente todas as provas reunidas pela Polícia Federal e acompanhar a manifestação da defesa do tenente-coronel Mauro Cid, um dos delatores no caso.
A defesa de Bolsonaro destaca que a denúncia apresentada não se baseia apenas nos celulares já disponibilizados, mas em um conjunto mais amplo de provas que ainda precisam ser examinadas. Por essa razão, o prazo maior é considerado essencial para garantir que a resposta seja elaborada de forma completa e precisa. Como alternativa, caso o pedido de 83 dias não seja aceito pelo STF, os advogados solicitaram um prazo intermediário de 30 dias, o dobro do período inicialmente determinado por Moraes.
Além do pedido de ampliação do prazo, o advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, anunciou a intenção de questionar a validade da delação premiada de Mauro Cid. Caso esse pedido seja formalizado e aceito, pode haver impactos significativos no andamento das investigações, já que as informações fornecidas por Cid são consideradas peças-chave na acusação contra o ex-presidente.
A decisão do STF sobre a ampliação do prazo e a possível anulação da delação de Cid pode alterar os rumos do processo. Enquanto isso, Bolsonaro segue como alvo das investigações sobre supostas tentativas de subverter o resultado das eleições de 2022, com a defesa buscando estratégias para contestar as acusações e garantir mais tempo para apresentar seus argumentos jurídicos.
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