Os advogados do ex-ministro-chefe da Casa Civil Braga Netto solicitaram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um prazo maior para apresentar sua defesa na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. A defesa argumenta que só deve se manifestar após a apresentação oficial da versão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, pedindo um prazo adicional de pelo menos 15 dias a partir desse momento.
Na petição, a defesa de Braga Netto sustenta que o direito de se manifestar após o delator é essencial para garantir a ampla defesa e o contraditório, princípios fundamentais do processo penal. Os advogados também solicitaram que, caso o pedido seja novamente negado por Moraes, a decisão seja levada à 1ª Turma do STF, em vez de ser definida monocraticamente pelo ministro. No mês passado, um pedido semelhante já havia sido negado.
Enquanto isso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e outras 32 pessoas, insinuando que as investigações ganham força em momentos de fragilidade do governo Lula. Em entrevista, ela afirmou que essas ações serviriam para encobrir problemas da atual gestão e classificou a anulação das condenações da Lava Jato como “vergonhosa”.
Michelle também questionou a validade da delação premiada que embasou a denúncia, alegando que Mauro Cid teria sido pressionado a colaborar. “Estão tentando justificar tudo com base em uma delação obtida por meio de ameaças, algo semelhante a uma ‘tortura psicológica’, um ‘pau de arara do século XXI’”, declarou. O caso segue em tramitação no STF, com novas movimentações esperadas nos próximos dias.
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