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Sem meias verdades

Planos de saúde empresariais podem subir até 25%

Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Em 2024, as operadoras de plano de saúde no Brasil planejam um reajuste de cerca de 25% nos planos empresariais, afetando aproximadamente 41 milhões de pessoas. Esse aumento é justificado pelo argumento de que os custos desses planos superaram a média mundial, com a inflação médica ultrapassando em três vezes o IPCA, chegando a 10,1% em comparação com os 4,8% da inflação oficial do país. Além disso, o setor enfrentou um déficit operacional significativo em 2023, de R$ 5,1 bilhões, levando as operadoras a considerar diversos fatores, incluindo fraudes, utilização dos planos e o resultado financeiro do setor, ao determinar o reajuste.

Os planos de saúde empresariais não são regulados pela ANS, responsável por definir os reajustes dos planos individuais e familiares, o que permite às operadoras aplicarem aumentos de até 25% nesses planos. Para evitar essa regulação, muitas operadoras têm reduzido a oferta de planos individuais e familiares. Atualmente, cerca de 10,8 milhões de trabalhadores têm acesso a planos de saúde, representando 14% da folha de pagamento na indústria e 11,7% da folha no geral, conforme dados da CNI.

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Essas medidas de reajuste significativo nos planos empresariais de saúde e a ausência de regulamentação para esses planos individuais e familiares colocam pressão adicional sobre os consumidores, aumentando os custos de assistência médica para muitos brasileiros. Com a crescente demanda por serviços de saúde e os desafios financeiros enfrentados pelo setor, o futuro da acessibilidade aos cuidados médicos privados no país permanece incerto.

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