A Bahia pode enfrentar a perda de duas cadeiras na Câmara dos Deputados caso a redistribuição das vagas, baseada no Censo de 2022, seja realizada conforme determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), busca evitar essa mudança e propõe uma negociação com o STF para aumentar o número total de deputados de 513 para 527, o que permitiria que a Bahia mantivesse sua atual bancada.
A proposta será discutida nesta quinta-feira (13) com líderes partidários, antes de ser levada ao Supremo. A principal intenção de Motta é evitar que estados percam representantes e, ao mesmo tempo, garantir que aqueles com aumento populacional recebam mais cadeiras. Caso a ideia seja aprovada, a Bahia não perderia assentos, mas outros estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, enfrentariam reduções em suas bancadas.
Em agosto de 2023, o STF determinou que o Congresso editasse uma lei complementar para corrigir a distribuição das vagas de forma proporcional à população. Se isso ocorrer, sete estados ganhariam assentos e sete perderiam. Além da Bahia, outros estados afetados seriam Paraíba, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro.
O impasse entre manter a quantidade atual de 513 deputados ou aumentar o número total de cadeiras ainda persiste. O deputado Rafael Pezenti (MDB-SC) é contra a ampliação e defende que a redistribuição seja feita sem aumentar o total de parlamentares. Caso não haja acordo até junho de 2025, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá decidir sobre a nova distribuição até outubro do mesmo ano.
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