O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem adotado uma postura mais incisiva e ampliado sua presença pública nos últimos meses. A movimentação se intensificou com o avanço do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual ele se tornou réu. Diante da possibilidade de condenação ainda neste ano, Bolsonaro busca fortalecer sua base de apoiadores e ampliar críticas ao processo.
A estratégia inclui maior exposição midiática e discursos mais inflamados, sempre reforçando a narrativa de perseguição política. Em um pronunciamento recente, ele falou por quase uma hora e voltou a questionar a Justiça e o sistema eleitoral. Aliados defendem que a militância bolsonarista deve ser estimulada para gerar pressão popular e criar um “fato novo” que possa interferir no julgamento.
Nos bastidores, parlamentares próximos ao ex-presidente avaliam que alternativas como a aprovação da anistia no Congresso ou pressões externas, como uma possível sanção dos Estados Unidos ao Judiciário brasileiro, poderiam mudar o rumo do caso. A decisão do STF de tornar Bolsonaro réu acelera o trâmite da ação e visa evitar influência direta nas eleições de 2026.
Para mobilizar sua base, a recomendação interna é que Bolsonaro fale livremente, mas sem ataques diretos ou palavrões, estratégia diferente da usada no passado. Em recentes declarações, ele reforçou críticas ao processo eleitoral e ao Judiciário, tentando reavivar pautas que marcaram seu discurso durante a campanha de 2022.
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