A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão das audiências de testemunhas no processo que apura uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A primeira rodada de depoimentos está marcada para a próxima segunda-feira (19), com os ex-comandantes militares Freire Gomes e Batista Júnior entre os convocados.
Os advogados de Bolsonaro alegam que ainda não tiveram acesso completo às provas reunidas pela Polícia Federal, conforme determinação anterior do ministro. Segundo eles, iniciar a fase de interrogatórios sem o material completo fere o direito à ampla defesa e compromete a imparcialidade do processo.
Entre os principais nomes que devem depor ainda neste mês estão aliados próximos de Bolsonaro, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Eduardo Pazuello. Todos foram indicados como testemunhas pela defesa do ex-presidente e serão ouvidos no dia 30.
Bolsonaro e outros sete investigados já são réus no STF por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. A fase atual é de instrução processual, em que testemunhas são ouvidas e provas complementares podem ser apresentadas. Não há data definida para o julgamento final, mas a soma das penas pode ultrapassar 30 anos de prisão em caso de condenação.
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