O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou os pedidos de impedimento apresentados contra os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento de uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. As alegações de suspeição foram levantadas pelas defesas, mas os magistrados entenderam que não havia motivos para afastamento. Segundo o STF, é comum que advogados utilizem esse tipo de estratégia em processos de grande repercussão, mas, neste caso, as justificativas foram consideradas improcedentes.
A denúncia contra Bolsonaro foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e envolve outros 34 acusados, incluindo os ex-ministros Braga Netto e Mário Fernandes. Eles são investigados por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição do estado democrático de direito. Segundo a PGR, a suposta trama golpista teria sido articulada após a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022, com o objetivo de reverter o resultado do pleito.
A defesa de Bolsonaro alegou que os ministros deveriam ser afastados do julgamento por terem sido indicados pelo atual presidente Lula, o que, na visão dos advogados, comprometeria a imparcialidade da análise. No entanto, o STF reforçou que crimes contra a democracia afetam toda a sociedade, tornando inviável o afastamento de magistrados apenas por questões políticas. Com isso, o tribunal manteve a composição original para seguir com a análise do caso.
Agora, a denúncia será avaliada pela Primeira Turma do STF, que decidirá os próximos passos do processo. Se aceita, Bolsonaro e os demais investigados poderão responder formalmente às acusações, dando início a uma nova etapa judicial. O julgamento é considerado um dos mais importantes no cenário político atual, já que pode definir o futuro do ex-presidente e de seus aliados perante a Justiça.
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