A médica Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, de 30 anos, foi condenada a 16 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, inicialmente em regime fechado, por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas. De acordo com a investigação, ela liderava o núcleo financeiro de uma organização criminosa familiar, ocultando os recursos ilícitos por meio de empresas de fachada e transações fracionadas. A decisão foi proferida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana, e a defesa já anunciou que recorrerá.
Além da pena de prisão, a Justiça determinou o confisco de 11 imóveis, 15 veículos e mais de 500 cabeças de gado, totalizando aproximadamente R$ 50 milhões. Larissa e sua mãe, que também foi condenada, utilizavam diversas estratégias para disfarçar a origem do dinheiro, como a compra de bens em nome de terceiros e o uso de “laranjas” no esquema.
Segundo o Ministério Público da Bahia, a médica desempenhava um papel central na gestão financeira do grupo criminoso, que atuava em Feira de Santana e outras cidades da Bahia. A operação que desmantelou o esquema, chamada Kariri, foi realizada em fevereiro do ano passado pela Polícia Federal. Na ocasião, o pai de Larissa, apontado como líder da organização, morreu durante a ação policial.
O caso reforça o impacto do crime organizado na economia local, evidenciando como o tráfico de drogas utiliza estratégias sofisticadas para lavar dinheiro. A condenação da médica representa um desdobramento significativo das investigações, e o julgamento dos demais envolvidos pode trazer novos desdobramentos nos próximos meses.
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